sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Auto Escolas

O transito de São Paulo e do Brasil esta cada vez pior.

No tempo que tirei minha carteira aprendíamos como regular os espelhos retrovisores e usá-los, a dar sinal de seta e de braço, quando possível, a andar no trânsito rápido, com chuva e a noite.
O exame prático consistia em percurso com direito a parar e sair em subida, baliza e faixa, tipo estacionamento de garagem, sabe quando você vai ao shopping e o elemento não consegue colocar o carro entre as faixas e sim sobre as mesmas?
Pois é, aprendíamos isso e claro você não via os absurdos que vemos nos estacionamentos dos shoppings e nas ruas hoje, que é a dificuldade de o motorista estacionar um carro numa vaga qualquer.
O numero de reprovados era enorme (de cada dez que iam ao exame só dois passavam), se você entrasse no carro, no dia do exame, e não regula-se os espelhos, estava reprovado. Se fizesse uma curva e não desce sinal de braço e seta, estava reprovado. Se parasse com uma roda sobre a faixa, estava reprovado. Se não colocasse o cinto, estava reprovado. O “jeitinho” não existia ou você dirigia bem ou não!
Não existia esse exame idiota de condução segura, pois éramos orientados pelo instrutor durante as aulas teóricas (sim, existiam aulas teóricas) e práticas sobre como dirigir seguramente.
Eram formados bons motoristas porque os instrutores eram bons e passavam o certo para seus alunos.
Na foto você tem a noção do que se aprende hoje nas auto-escolas e o que os futuros motoristas farão no transito. Estou errado?

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Mães Más


Esse texto comovente e realista foi publicado recentemente por ocasião da morte estúpida de Tarcila Gusmão e Maria Eduarda Dourado de 16 anos, em Maracaípe – Porto de Galinhas. Depois de 13 dias desaparecidas, as mães revelaram desconhecer os proprietários da casa, aonde as filhas tinham ido curtir o fim de semana. A tragédia abalou a opinião pública e o crime permanece sem resposta. Vale a pena ler e refletir até onde pode ir a liberdade de um filho.

De:

Dr. Carlos Hecktheuer – Médico Psiquiatra.

Um dia quando meus filhos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães, eu hei de dizer-lhes:
Eu os amei o suficiente para ter perguntado aonde vão, com quem vão e a que horas regressarão.
Eu os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.
Eu os amei o suficiente para os fazer pagar as balas que tiraram do supermercado ou revistas do jornaleiro, e os fazer dizer ao dono: “ nós pegamos isto ontem e queríamos pagar”.
Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé junto de vocês, duas horas, enquanto limpavam o seu quarto, tarefa que eu teria feito em 15 minutos.
Eu os amei o suficiente para os deixar assumir as responsabilidades das suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.
Mais do que tudo, eu os amei o suficiente para dizer-lhes não, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso ( e em momentos até odiariam).
Essa eram as mais difíceis batalhas de todas.
Estou contente, venci... Porque no final vocês venceram também!
E em qualquer dia, quando meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e as mães, quando lhes perguntarem se sua mãe era má, meus filhos vão lhes dizer: “ Sim, nossa mãe era má. Era a mãe mais má do mundo...”.
As outras crianças comiam doces no café e nós tínhamos que comer cereais, ovos e torradas. As outras crianças bebiam refrigerante e comiam batatas fritas e sorvetes no almoço e nós tínhamos que comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas. E ela nos obrigava a jantar à mesa, bem diferente das outras mães que deixavam seus filhos comerem vendo televisão.
Mamãe tinha que saber quem eram nossos amigos e o que nós fazíamos com eles. Insistia que lhe disséssemos com quem íamos sair, mesmo que demorássemos apenas uma hora ou menos.
Nós tínhamos vergonha de admitir, mas ela “violava as leis do trabalho infantil”. Nós tínhamos que tirar a louça da mesa, arrumar nossas bagunças, esvaziar o lixo e fazer todo esse tipo de trabalho que achávamos cruéis. Eu acho que ela nem dormia à noite, pensando em coisas para nos mandar fazer.
Ela insistia sempre conosco para que lhe disséssemos sempre a verdade e apenas a verdade. E quando éramos adolescentes, ela conseguia até ler os nossos pensamentos. A nossa vida era mesmo muito chata.
Ela não deixava os nossos amigos tocarem a buzina para que saíssemos, tinham que subir, bater à porta, para ela os conhecer. Enquanto todos podiam voltar tarde com 12 anos, tivemos que esperar pelos 16 para chegar um pouco mais tarde, e aquela chata levantava para saber se a festa foi boa só para ver como estávamos ao voltar.
Por causa de nossa mães, nós perdemos imensa experiências na adolescência: nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubos, em atos de vandalismo, em violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime. FOI TUDO POR CAUSA DELA.
Agora que somos adultos, honestos e educados, estamos fazendo o nosso melhor para sermos “PAIS MAUS”, como minha mãe foi.

EU ACHO QUE ESTE É UM DOS MALES DO MUNDO DE HOJE: NÃO HÁ SUFICIENTES MÃES MÁS.
 
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